Releitura contemporânea da tradicional casa grande colonial, com extensa e ousada cobertura de telhas de barro e o aconchego da madeira aparente. Duas águas vencem extensos vãos com vigas de madeira e alma de aço, que se lançam como longos “dedos” repousados no gramado. Esquadrias altas e delgadas descortinam a bela paisagem, abrigadas por amplas varandas e generosos beirais que deixam o calor do lado de fora.

No lugar do tradicional beco, no recuo lateral obrigatório voltado para o tórrido poente, na única fachada cega da entrada da casa, surge o exuberante e refrescante jardim interno, coberto por pérgolas móveis de madeira e limitado pelo muro rústico de pedras escaladas por trepadeiras. A natureza invadindo gostosamente a atmosfera da sala de estar.

O pavimento superior abriga o estar íntimo, o home theater e os quartos, interligados por ampla sacada. Acessados no centro da sala onde se esparrama uma escada escultórica de pau-brasil.

No alto, junto à cumieira, o escritório/refúgio como um privilegiado mirante da cidade, com acesso exclusivo pela suíte máster, a qual também integra-se a um gazebo panorâmico de vidro para banhos de banheira.

Ocupando uma antiga erosão no terreno, surge uma cave revestida em quartzo, com sauna e salão de jogos, servindo também de leito da piscina que emerge no deck do andar térreo. Limitando a rampa de acesso a este subsolo, aflora o anexo, também em quartzo escanhoado, como um imenso vaso de folhagens, abrigando dois quartos de serviço, varal, depósito e banheiro social externo.

As fachadas envidraçadas abertas para o interior do terreno voltam-se para o grande caramanchão cilíndrico vertical que desponta no jardim, contendo a torre da caixa d’água e o para-raios, ladeado por altos postes com refletores camuflados em chapas calandradas.